Parque Nacional do Monte Pascoal: mudanças entre as edições
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Parque Nacional do Monte Pascoal (editar)
Edição das 18h53min de 9 de janeiro de 2014
, 18h53min de 9 de janeiro de 2014sem sumário de edição
(Criou página com ''''Nome da Unidade:''' Parque Nacional do Monte Pascoal '''Bioma:''' Mata Atlântica '''Área:''' 22.500 hectares com sobreposição com a Terra Indígena Barra Velha em 8.6...') |
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Email: [email protected], [email protected]. | Email: [email protected], [email protected]. | ||
==Localização== | |||
O Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal localiza-se no extremo Sul da Bahia, no município de Porto Seguro próximo do limite com o município de Prado. | O Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal localiza-se no extremo Sul da Bahia, no município de Porto Seguro próximo do limite com o município de Prado. | ||
==Como chegar== | |||
É possível chegar ao Parna a partir de Porto Seguro pela BA-367, no km 62 até Eunápolis. De lá, o visitante segue pela BR-101 no sentido Vitória até o km 794 onde há uma placa indicando a entrada do parque. São mais 14 km de asfalto pela BR-498 até a entrada do parque. | É possível chegar ao Parna a partir de Porto Seguro pela BA-367, no km 62 até Eunápolis. De lá, o visitante segue pela BR-101 no sentido Vitória até o km 794 onde há uma placa indicando a entrada do parque. São mais 14 km de asfalto pela BR-498 até a entrada do parque. | ||
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No local, há guias indígenas capacitados e venda de artesanato local. | No local, há guias indígenas capacitados e venda de artesanato local. | ||
==Ingressos== | |||
O Parque Nacional do Monte Pascoal é aberto à visitação todos os dias da semana, das 7h às 18h. O valor do ingresso individual é R$ 5,00 por pessoa. | O Parque Nacional do Monte Pascoal é aberto à visitação todos os dias da semana, das 7h às 18h. O valor do ingresso individual é R$ 5,00 por pessoa. | ||
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Para fazer o passeio nas trilhas, os valores são R$ 40,00 por grupo (de até 8 pessoas) com um guia. Para agendar visitas: (73) 9814-1696 / 9955-1961. | Para fazer o passeio nas trilhas, os valores são R$ 40,00 por grupo (de até 8 pessoas) com um guia. Para agendar visitas: (73) 9814-1696 / 9955-1961. | ||
==Onde ficar== | |||
A cidade mais próxima do parque é Itamaraju, a 30 km do parque e possui hotel e restaurante. Outra opção é Caraíva que fica a 20 minutos de barco. | A cidade mais próxima do parque é Itamaraju, a 30 km do parque e possui hotel e restaurante. Outra opção é Caraíva que fica a 20 minutos de barco. | ||
==Objetivos específicos da unidade== | |||
O Parque Nacional do Monte Pascoal tem como objetivo proteger os ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, em especial, a área de avistamento da descoberta do Brasil possibilitando a realização de pesquisas científicas, atividades de educação ambiental e turismo ecológico. | O Parque Nacional do Monte Pascoal tem como objetivo proteger os ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, em especial, a área de avistamento da descoberta do Brasil possibilitando a realização de pesquisas científicas, atividades de educação ambiental e turismo ecológico. | ||
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Como objetivo específico da UC, a criação do Parna pretende conservar os últimos remanescentes da Mata Atlântica do Nordeste e proteger o marco do descobrimento. Outro grande objetivo é conservar uma amostra representativa dos ecossistemas de transição entre o litoral e a floresta pluvial dos tabuleiros terciários, assim como conservar os recursos genéticos, fomentar atividades de educação e investigação e proteger o Monte Pascoal, marco histórico do Brasil. | Como objetivo específico da UC, a criação do Parna pretende conservar os últimos remanescentes da Mata Atlântica do Nordeste e proteger o marco do descobrimento. Outro grande objetivo é conservar uma amostra representativa dos ecossistemas de transição entre o litoral e a floresta pluvial dos tabuleiros terciários, assim como conservar os recursos genéticos, fomentar atividades de educação e investigação e proteger o Monte Pascoal, marco histórico do Brasil. | ||
==Histórico== | |||
O Monte Pascoal, no Sul da Bahia, foi a primeira porção de terra do Brasil avistada pelos navegadores portugueses no século 16. Nas primeiras décadas da colonização portuguesa, os povos indígenas se faziam ali presentes. A região foi ocupada primeiramente pelos tupinambás e no século 16 pelos pataxós, que hoje são um pouco mais de 2 mil e que sobrevivem da venda de artesanato, da caça e da pesca. | O Monte Pascoal, no Sul da Bahia, foi a primeira porção de terra do Brasil avistada pelos navegadores portugueses no século 16. Nas primeiras décadas da colonização portuguesa, os povos indígenas se faziam ali presentes. A região foi ocupada primeiramente pelos tupinambás e no século 16 pelos pataxós, que hoje são um pouco mais de 2 mil e que sobrevivem da venda de artesanato, da caça e da pesca. | ||
Linha 55: | Linha 55: | ||
A área do parque é compartilhada com a reserva indígena, território dos Pataxós com 8.600 hectares. A região é coberta por Mata Atlântica e do topo do monte, tem-se a visão do mar de um lado e da Serra do Itamaraju do outro. | A área do parque é compartilhada com a reserva indígena, território dos Pataxós com 8.600 hectares. A região é coberta por Mata Atlântica e do topo do monte, tem-se a visão do mar de um lado e da Serra do Itamaraju do outro. | ||
==Atrações== | |||
Os diversos atrativos ecoturísticos existentes no parque proporcionam a realização de diversas atividades recreativas como caminhadas em trilhas e praias, banho de mar e rio, contemplação da natureza, observação de fauna e flora, canoagem, passeio de barco no rio, participação de manifestações culturais indígenas. | Os diversos atrativos ecoturísticos existentes no parque proporcionam a realização de diversas atividades recreativas como caminhadas em trilhas e praias, banho de mar e rio, contemplação da natureza, observação de fauna e flora, canoagem, passeio de barco no rio, participação de manifestações culturais indígenas. | ||
Linha 67: | Linha 67: | ||
Um roteiro que liga o pé do Monte à praia do parque está sendo estruturado e hoje este trajeto apenas pode ser feito pela Terra Indígena Barra Velha. | Um roteiro que liga o pé do Monte à praia do parque está sendo estruturado e hoje este trajeto apenas pode ser feito pela Terra Indígena Barra Velha. | ||
==Aspectos naturais== | |||
A UC abriga a Mata Atlântica, restinga, alagados e mangues e uma vasta vegetação nacional como pau-brasil, maçaranduba e jatobás. Além de inúmeras espécies animais como preguiças, suçuarana e gavião-de-penacho. | A UC abriga a Mata Atlântica, restinga, alagados e mangues e uma vasta vegetação nacional como pau-brasil, maçaranduba e jatobás. Além de inúmeras espécies animais como preguiças, suçuarana e gavião-de-penacho. | ||
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A UC contém um número significativo de espécies que constam da lista brasileira de espécies ameaçadas de extinção, além de possuir níveis relevantes de endemismo. | A UC contém um número significativo de espécies que constam da lista brasileira de espécies ameaçadas de extinção, além de possuir níveis relevantes de endemismo. | ||
==Relevo e clima== | |||
O relevo é caracterizado pelos depósitos de praias com bancos de recifes, extensas planícies costeiras, tabuleiros da formação barreiras, colinas e pequenas serras de rochas cristalinas. | O relevo é caracterizado pelos depósitos de praias com bancos de recifes, extensas planícies costeiras, tabuleiros da formação barreiras, colinas e pequenas serras de rochas cristalinas. | ||
Linha 81: | Linha 81: | ||
O clima da região do parque é úmido e super úmido, tropical e subtropical, apresentando uma temperatura média de 21°C com máximas de 38°C. A umidade relativa do ar fica em média de 80% durante todo ano. | O clima da região do parque é úmido e super úmido, tropical e subtropical, apresentando uma temperatura média de 21°C com máximas de 38°C. A umidade relativa do ar fica em média de 80% durante todo ano. | ||
==Fauna e flora== | |||
A área abriga um dos últimos remanescentes da Mata Atlântica, tendo como vegetação predominante a Floresta Tropical Pluvial, algumas espécies de ocorrência são visgueiro, farinha-seca e anda-açu (de grande porte). | A área abriga um dos últimos remanescentes da Mata Atlântica, tendo como vegetação predominante a Floresta Tropical Pluvial, algumas espécies de ocorrência são visgueiro, farinha-seca e anda-açu (de grande porte). | ||
Linha 90: | Linha 90: | ||
O Parque tem uma fauna diversificada. Entre os mamíferos destacam-se o veado-campeiro e a ariranha, ambos ameaçados de extinção, além do ouriço preto, preguiça de coleira e o guariba. Com relação aos carnívoros pode-se citar a suçuarana e a tradicional onça. Existem ainda 176 espécies de aves catalogadas, as aves ameaçadas de extinção são urubu-rei, macuco e mutum. A fauna é exuberante e rica nos diversos ambientes, os animais possuem uma relação direta com a vegetação existente auxiliando na disseminação, como o caxinguelê. | O Parque tem uma fauna diversificada. Entre os mamíferos destacam-se o veado-campeiro e a ariranha, ambos ameaçados de extinção, além do ouriço preto, preguiça de coleira e o guariba. Com relação aos carnívoros pode-se citar a suçuarana e a tradicional onça. Existem ainda 176 espécies de aves catalogadas, as aves ameaçadas de extinção são urubu-rei, macuco e mutum. A fauna é exuberante e rica nos diversos ambientes, os animais possuem uma relação direta com a vegetação existente auxiliando na disseminação, como o caxinguelê. | ||
Problemas e ameaças | ==Problemas e ameaças== | ||
A área do parque foi demarcada onde tradicionalmente era território pataxó, que desde 1861 ocupava a região. Surgiu um impasse entre as lideranças indígenas e a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e os interesses conservacionistas. | A área do parque foi demarcada onde tradicionalmente era território pataxó, que desde 1861 ocupava a região. Surgiu um impasse entre as lideranças indígenas e a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e os interesses conservacionistas. | ||
Linha 99: | Linha 99: | ||
A extração de madeira tende a aumentar ligeiramente de forma generalizada na UC e provocam um alto impacto a longo prazo nos próximos 20 anos. | A extração de madeira tende a aumentar ligeiramente de forma generalizada na UC e provocam um alto impacto a longo prazo nos próximos 20 anos. | ||
==Fontes== | |||
http://observatorio.wwf.org.br/unidades/cadastro/372/ | http://observatorio.wwf.org.br/unidades/cadastro/372/ |